Confira o artigo de minha autoria publicado no Diário de Noticias no dia 14 de maio de 2022.
A hipertensão arterial sistêmica popularmente conhecida como pressão alta é caracterizada por níveis elevados e sustentados da pressão arterial. É uma doença comum chegando a 44% da população geral, e estes números vão sendo incrementados a medida que a população vai adquirindo mais idade, com 50% entre 60 e 69 anos e chegando a incrível marca de 75% das pessoas com idade superior a 70 anos.
O maior problema da hipertensão arterial são suas consequências, o que os médicos chamam de lesão de órgão alvo ou doença instalada. Ela tem consequências nos olhos, no cérebro, no coração, nos rins e no sistema circulatório como um todo. Causando doenças como cegueira, derrame (AVC), infarto, insuficiência cardíaca, insuficiência renal, insuficiência arterial periférica entre várias outras. O que decepciona o médico é saber que tudo isso poderia ser evitado se o controle da pressão arterial fosse levado a sério.
É de fácil diagnóstico e seu tratamento é eficaz utilizando-se um arsenal terapêutico diversificado, bastante eficiente e com poucos efeitos adversos. Mesmo assim, seu controle em todo o mundo é pífio, porque se trata de doença frequentemente assintomática, o que dificulta a adesão aos cuidados.
A hipertensão pode ser classificada entre primária que é multifatorial tem em sua estrutura o jeito que você vive, se alimenta, seu ambiente e sua herança genética, e a secundária quando se detecta uma causa especifica para hipertensão como por exemplo a apneia obstrutiva do sono, alteração dos hormônios da tireoide entre vários outros.
Quem é hipertenso? Em linhas gerais em uma medicina cada dia mais individualizada quem mantem uma pressão arterial superior a 140×90 mmhg em duas ou mais consultas ao médico ou se o paciente já está em uso de medicação anti hipertensiva e mantem tais cifras já está diagnosticado com Hipertensão Arterial Sistêmica. Entretanto na arte médica há duas situações muito interessantes que causam confusão e desconfiança, a chamada hipertensão do jaleco branco e a hipertensão mascarada.
A hipertensão do jaleco branco é aquela em que o paciente só mantem hipertensão no consultório, no seu dia dia é normotenso, já a hipertensão mascarada o contrário, como o próprio nome sugere é quando o paciente de maneira involuntária engana o médico, no consultório está com níveis pressóricos normais porem, no dia dia hipertenso. Nestas situações o médico lança mão de uma ferramenta chamado MAPA, uma tecnologia que afere a pressão de maneira automática de 15 em 15 minutos, durante um período de 24 horas, gerando um relatório complexo com medidas no período de vigília e no período do sono o que facilita o diagnóstico.
O Controle da pressão arterial depende de consultas médicas regulares, disciplina aos remédios e as chamadas mudanças do estilo de vida que se traduzem em vida saudável. O hipertenso deve controlar o peso, medidas nutricionais como a dieta DASH, redução do consumo de sódio para 2g diário ou 5g de cloreto de sódio, redução do consumo de álcool, pratica de atividades físicas, cessação do tabagismo e controle do estresse. A hipertensão é o inicio da maioria das doenças cardiovasculares, cuidar da pressão é sinônimo de vida saudável é prevenir problemas no futuro.
Vídeos de nossa coletânea sobre o tema:
- As informações apresentadas aqui são para fins informativos e educacionais, e não devem ser consideradas como aconselhamento médico. Não substitui a orientação personalizada de profissionais de saúde. Portanto, é fundamental consultar o seu médico para uma avaliação adequada, diagnostico, orientações e tratamento.
Dr. Dário Santuchi
Médico (CRM-ES 11491), Especialista em Clinica Médica e Cardiologia (RQE 10191 / 13520), Mestrado em Ciências da Saúde é Diretor do LMC – Hospital Linhares Medical Center e Titular da Cadeira de Cardiologia do Fundação Beneficente Rio Doce
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