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Anemia Ferropriva: Descubra os Sinais, o Diagnóstico e o Tratamento para Recuperar Sua Energia

Você sabia que o cansaço constante, a falta de concentração e até mesmo a queda de cabelo podem ser sinais de algo mais sério? A anemia ferropriva é uma condição que afeta milhões de pessoas no mundo e pode ter um impacto significativo na sua qualidade de vida. Neste artigo, vamos explicar o que é a anemia ferropriva, como identificá-la, os exames necessários para o diagnóstico, as opções de tratamento e como prevenir essa doença.

O que é a Anemia Ferropriva?

A anemia ferropriva é uma das condições clínicas mais prevalentes no mundo, caracterizada pela deficiência de ferro, essencial para a produção de hemoglobina. Essa proteína presente nos glóbulos vermelhos é responsável pelo transporte de oxigênio para os tecidos. A deficiência de ferro resulta em menor capacidade do sangue de oxigenar o organismo, comprometendo funções metabólicas essenciais​​.

As principais causas incluem baixa ingesta alimentar de ferro, perdas sanguíneas excessivas (menstruações abundantes, sangramentos gastrointestinais) e alterações na absorção do nutriente, como na doença celíaca ou após cirurgias bariátricas​​.


Fisiopatologia

O ferro é crucial para a síntese de hemoglobina e para a formação de diversas enzimas. A deficiência leva a uma redução da eritropoiese eficiente, acarretando em microcitose e hipocromia no sangue periférico. A redução da capacidade de transporte de oxigênio pelo sangue causa os sintomas característicos da anemia​​.


Sintomas Clínicos

Os pacientes podem apresentar:

  • Fadiga e fraqueza generalizada;
  • Palidez cutânea e de mucosas;
  • Taquicardia e palpitações em casos graves;
  • Alterações no sistema nervoso central, como tonturas e dificuldade de concentração;
  • Alterações estruturais como unhas frágeis e queda de cabelo​​.

Diagnóstico

  1. Hemograma Completo: Revela microcitose (volume corpuscular médio baixo) e hipocromia.
  2. Ferritina Sérica: Indicador sensível dos estoques de ferro. Valores inferiores a 40 ng/mL são diagnósticos de deficiência de ferro em condições normais.
  3. Saturação da Transferrina e Ferro Sérico: Auxiliam no diagnóstico diferencial.
  4. Investigação Causal: Endoscopia digestiva alta e colonoscopia são fundamentais em casos com perdas ocultas de sangue​​​.

Tratamento

O manejo da anemia ferropriva envolve dois pilares principais:

Reposição de Ferro

  • Oral: Comprimidos de sulfato ferroso são a primeira linha. A absorção é maximizada se tomados em jejum com vitamina C.
  • Parenteral: Indicado em casos de intolerância ao ferro oral, má absorção intestinal ou necessidade de reposição rápida.

Tratamento Etiológico

  • Identificação e controle de sangramentos ocultos (úlceras, hemorragias menstruais intensas) são cruciais para evitar recidivas​​.

Monitoramento

A resposta ao tratamento é avaliada após 4 a 8 semanas, com melhora esperada da hemoglobina de 1 a 2 g/dL por mês​.


Prognóstico e Complicações

Se tratada precocemente, a anemia ferropriva tem excelente prognóstico. Contudo, casos prolongados podem levar a alterações cardíacas irreversíveis, maior suscetibilidade a infecções e complicações obstétricas, como parto prematuro​​.


Prevenção

  1. Alimentação Balanceada: A inclusão de alimentos ricos em ferro heme (carnes vermelhas) e não-heme (leguminosas, vegetais escuros) é essencial.
  2. Educação e Rastreamento: Grupos de risco, como mulheres em idade fértil e crianças, devem ser priorizados em campanhas de saúde pública.
  3. Suplementação Preventiva: Recomendada em gestantes e lactantes​​.

Considerações Especiais

Populações específicas, como gestantes e pacientes com doenças crônicas, demandam um acompanhamento diferenciado devido às maiores necessidades de ferro ou dificuldades na absorção. Estudos recentes sugerem benefícios em estratégias integradas com suporte nutricional e terapias emergentes, como moléculas que melhoram a biodisponibilidade do ferro​​.


A anemia ferropriva é uma condição tratável e prevenível. A abordagem centrada no paciente, focando no diagnóstico precoce, no tratamento efetivo e na educação, pode reduzir significativamente o impacto dessa condição na saúde global. Compartilhar o conhecimento e promover ações preventivas são passos essenciais para melhorar a qualidade de vida das populações mais vulneráveis​​​.

-Médico Especialista em Clínica Médica e Cardiologia com Mestrado em Ciências da Saúde - Medicina & Biomedicina
- Professor Universitário - Cadeira de Ciências Morfofuncionais aplicadas à Clínica na Universidade Anhanguera e UVV. - Diretor da Sociedade Brasileira de Cardiologia capitulo Espirito Santo 20/21. Membro da Equipe de Cardiologia do Hospital Rio Doce, Hospital Unimed Norte Capixaba e Hospital Linhares Medical center. CRM-ES 11491 RQE 10191 - RQE 13520

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