A História de Ricardo Gomes que foi submetido a Cirurgia Cardiaca de troca valvar aortica mais cirurgia pontes.
A História de Ricardo Gomes que foi submetido a Cirurgia Cardiaca de troca valvar aortica mais pontes, ele fez uma dupla mamária. Contamos o caso deste guerreiro no programa #batepapodas6 na TV SIM .
Segue abaixo a parte 1 do programa e em seguida a parte 2.
O que é estenose aórtica?
Para entender a estenose aórtica é importante lembrar como funciona o nosso coração. Em linhas gerais, ele é um músculo que tem a função de fazer o sangue circular em nosso organismo, num movimento de direção única: de um lado, manda sangue oxigenado e rico em nutrientes; de outro recebe o sangue que circulou pelo corpo para oxigená-lo novamente. Para garantir essa circulação numa só direção, existem quatro válvulas que abrem para deixar o sangue passar e fecham para impedir que ele retorne. É numa dessas válvulas, a válvula aórtica, que acontece a estenose.
Basicamente, ocorre um estreitamento que vai dificultando a abertura da válvula aórtica para a passagem do sangue. Nas fases iniciais, o coração até consegue se adaptar e trabalha mais para conseguir bombear o sangue através da válvula. Mas, quando essa capacidade de adaptação se esgota e a quantidade de sangue oxigenado bombeado para o organismo fica insuficiente, chegam os problemas: insuficiência cardíaca, síncope (desmaio causado pela insuficiência de sangue oxigenado) e até morte súbita.
A estenose aórtica afeta principalmente pessoas com mais de 70 anos, e o risco aumenta com o avanço da idade. Estima-se que aproximadamente 5% dos indivíduos com mais de 75 anos terão a doença – ou seja, 1 em cada 20. Considerando que vivemos um processo de envelhecimento da população, trata-se de um problema de saúde pública.
Sintomas e diagnóstico
A estenose aórtica é uma doença silenciosa. Quando os sintomas aparecem – desmaios, dor ou pressão no peito, sensação de fadiga e falta de ar, entre outros – é porque a doença já está num patamar considerado grave.
Em geral, a estenose aórtica – em qualquer fase – é detectada durante o check-up cardiológico. No exame clinico, o médico observa um ‘sopro’ no coração e confirma o diagnóstico por meio de um ecocardiograma.
Fatores de risco e prevenção
O grande fator de risco da estenose aórtica é a idade, ou seja, não é uma doença que podemos prevenir. No entanto, é sempre aconselhável adotar uma alimentação saudável, não fumar, praticar atividade física regularmente e controlar outros eventuais problemas, como diabetes, colesterol alto e hipertensão. Mas o fato é que, até hoje, nenhum estudo mostrou que essas práticas diminuem o risco da estenose aórtica. O ‘vilão’ é mesmo a idade. De qualquer forma, um bom estado de saúde ajudará a enfrentar uma eventual cirurgia ou um tratamento minimamente invasivo.
A recomendação é fazer o check-up cardíaco periódico, mesmo que você não apresente qualquer sintoma. Caso identifique a estenose aórtica, mesmo que leve, seu médico estabelecerá uma estratégia de acompanhamento. Uma estenose leve pode nem evoluir para o grau moderado.
Mas é maior o risco de a estenose moderada evoluir para grave.
Tratamento
Há pouco mais de uma década, a única forma de tratar a estenose aórtica era por meio de uma cirurgia de grande porte para abrir o peito do paciente e fazer a troca de válvula. Só que um em cada três pacientes não pode ser submetido ao procedimento. A razão é simples: a estenose afeta pessoas mais idosas. Em geral, são indivíduos mais frágeis e com outras comorbidades associadas – uma somatória de fatores que torna a cirurgia altamente arriscada.
O procedimento minimamente invasivo, viabilizado graças à miniaturização das válvulas, revolucionou esse cenário. Por meio de um cateter introduzido geralmente pelos vasos femorais, na região da virilha, a válvula é levada ao coração e lá se expande, adquirindo o formato adequado. Hoje as válvulas miniaturizadas têm 4,6 mm e chegam aos cerca de 30 mm depois que se expandem.
A técnica, conhecida como TAVI (sigla em inglês para Implante de Valva Aórtica Transcateter), apresenta vantagens importantes. Na maioria dos casos, o procedimento é realizado apenas com anestesia local e leve sedação, dispensa a permanência do paciente em UTI, o período de internação é menor (cerca de quatro dias) e a recuperação mais rápida.
Desenvolvido na Europa no início dos anos 2000, o TAVI foi introduzido no Brasil pioneiramente pela equipe do Einstein, que realizou o primeiro procedimento do tipo em 2008.
O procedimento minimamente invasivo para implante da válvula aórtica foi inicialmente indicado para pacientes de risco alto e moderado (o que geralmente coincide com idade mais avançada). Mais recentemente, os estudos científicos têm demonstrado que, mesmo para pacientes de baixo risco (em geral os mais jovens), o tratamento pode também ser uma opção. Entretanto, a escolha da melhor técnica será sempre realizada por meio de uma avaliação caso a caso, individualizada.
https://www.einstein.br/intervencaocardiaca/estenose-aortica