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Os 8 Padrões Alimentares

  • aMED (Índice Mediterrâneo Alternativo) — adesão à dieta mediterrânea, rica em alimentos de origem vegetal, gorduras saudáveis e proteínas magras.

  • DASH (Abordagens Dietéticas para Conter a Hipertensão) — redução do sódio e aumento no consumo de frutas, vegetais, grãos integrais e proteínas magras.

  • MIND (Intervenção Mediterrânea–DASH para Retardo Neurodegenerativo) — aumento do consumo de grãos integrais, vegetais folhosos verdes, frutas vermelhas, nozes, leguminosas, peixes e aves.

  • hPDI (Dieta à Base de Plantas Saudável) — maximização do consumo de frutas, vegetais, grãos integrais, leguminosas e nozes.

  • PHDI (Índice da Dieta para a Saúde Planetária) — aumento no consumo de frutas, vegetais, grãos integrais, nozes e leguminosas, com consumo mínimo de carnes vermelhas, processadas e ovos.

  • EDIP (Padrão Alimentar Inflamatório Empírico) — índice inflamatório baseado no consumo de carnes processadas, carnes vermelhas, peixes, vegetais, grãos refinados, bebidas e tomates.

  • EDIH (Índice Dietético Empírico para Hiperinsulinemia) — pontuação para alimentos com potencial de estimular a secreção de insulina.

  • (UPF) Consumo de Alimentos Ultraprocessados — avaliação do consumo de produtos alimentícios altamente processados industrialmente.

 

 

🧪 O Estudo

Dois grandes grupos de profissionais de saúde (um só com mulheres, outro só com homens) vêm sendo acompanhados desde 1986, com questionários a cada 2 anos sobre estilo de vida, saúde e alimentação. Apesar de os dados serem auto-relatados (o que pode causar erros), os autores já validaram sua confiabilidade em estudos anteriores.


🥗 O que foi avaliado na alimentação?

A cada 4 anos, os participantes informaram sua alimentação com base em 130 itens. Foram analisados 8 padrões de dieta e um índice geral chamado AHEI (Índice de Alimentação Saudável Alternativa), com base em:

  • Frutas

  • Verduras

  • Leguminosas e nozes

  • Carnes vermelhas e processadas

  • Grãos integrais

  • Gorduras trans

  • Sódio

  • Álcool

  • Ômega-3


🍽️ As 8 dietas analisadas

  1. aMED – Dieta Mediterrânea

  2. DASH – Para controle da hipertensão

  3. MIND – Combinação entre Mediterrânea e DASH, focada no cérebro

  4. hPDI – Dieta baseada em vegetais saudáveis

  5. PHDI – Dieta voltada à saúde do planeta

  6. EDIP – Dieta inflamatória (rica em alimentos processados e carnes)

  7. EDIH – Dieta associada à produção de insulina

  8. UPF – Consumo de alimentos ultraprocessados


🧓 O que é “envelhecimento saudável” no estudo?

Viver até os 70 ou 75 anos sem as seguintes doenças: Câncer, diabetes, infarto, insuficiência cardíaca, AVC, DPOC, insuficiência renal, Parkinson, esclerose múltipla, ELA.


📊 Resultados

  • Apenas 9% envelheceram com saúde.

  • A dieta com maior associação ao envelhecimento saudável foi o AHEI, que dobrou as chances de envelhecer bem.

  • Outras dietas como a Mediterrânea, DASH e MIND também ajudaram.

  • Mais alimentos ultraprocessados = menos chance de envelhecer bem.

  • Alimentos mais protetores: frutas, gorduras boas (monoinsaturadas), grãos integrais e verduras.

  • O pior alimento: gordura trans (metade da chance de envelhecer bem).


🧬 Quem se beneficiou mais?

A dieta fez ainda mais diferença em:

  • Mulheres

  • Pessoas com sobrepeso (IMC > 25)

  • Sedentários

  • Fumantes

  • Pessoas com menor nível socioeconômico

Esses grupos tinham mais risco e, por isso, mais benefício com a boa alimentação.


⚠️ Limitações do estudo

  • Dados auto-relatados (podem ter erro)

  • Todos os participantes eram profissionais da saúde (menos aplicável à população geral)

  • Muitos fatores confundidores (difíceis de controlar totalmente)

  • Não foi planejado inicialmente para estudar “envelhecimento saudável” → risco de achados “por acaso”


✅ Conclusão prática

Mesmo com limitações, o estudo reforça a importância de uma alimentação saudável para o envelhecimento com saúde. Evitar ultraprocessados e gordura trans, e priorizar frutas, legumes, grãos integrais e gorduras boas, pode aumentar significativamente as chances de viver bem por mais tempo.

-Médico Especialista em Clínica Médica e Cardiologia com Mestrado em Ciências da Saúde - Medicina & Biomedicina
- Professor Universitário - Cadeira de Ciências Morfofuncionais aplicadas à Clínica na Universidade Anhanguera e UVV. - Diretor da Sociedade Brasileira de Cardiologia capitulo Espirito Santo 20/21. Membro da Equipe de Cardiologia do Hospital Rio Doce, Hospital Unimed Norte Capixaba e Hospital Linhares Medical center. CRM-ES 11491 RQE 10191 - RQE 13520

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