Insuficiência renal crônica, rim não funciona como antes? Linhares – Espírito Santo
O que é insuficiência renal crônica, quando o rim não funciona mais como antes. Segue animação muito interessante para ajudar no entendimento de tal enfermidade .
As doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) são responsáveis por cerca de 60% das causas de morte em todo o mundo, afetando aproximadamente 35 milhões de pessoas por ano. Nos próximos dez anos, espera-se um aumento de 17% na mortalidade causada por essas doenças. Esta realidade justifica a necessidade de um reforço nos serviços públicos de saúde para o cuidado de pacientes com DCNT. Além disso, muitos desses pacientes correm risco de desenvolver doenças renais, que, por sua vez, são fatores de risco significativos para eventos cardiovasculares.
A Doença Renal Crônica (DRC) é um dos principais fatores de risco para eventos cardiovasculares e é uma preocupação crescente de saúde pública global. Nos Estados Unidos, 13% da população adulta apresenta algum grau de perda de função renal. No Brasil, um estudo realizado em Minas Gerais detectou variações importantes na creatinina sérica, um marcador de DRC, especialmente em idosos. A perda contínua da função renal geralmente leva os pacientes a necessitarem de terapias renais substitutivas, como hemodiálise, diálise peritoneal e transplante renal.
Estima-se que até 2010, cerca de 2 milhões de pessoas em todo o mundo necessitavam de terapias renais substitutivas, número que tem crescido principalmente em países em desenvolvimento. A taxa de prevalência de pessoas em terapia renal substitutiva é de 1000 pacientes por milhão na Europa, Chile e Uruguai, enquanto nos Estados Unidos a taxa é de 1750 pacientes por milhão. No Brasil, a quantidade de pacientes com DRC terminal praticamente duplicou entre 2000 e 2011, atingindo uma taxa de 475 pacientes por milhão de pessoas.
Embora os números no Brasil sejam menores em comparação com outros países de perfil semelhante, é crucial investigar a possibilidade de subnotificação de casos e investir em métodos mais eficazes de identificação e acompanhamento dos grupos de risco. A DRC tem múltiplas causas e sua evolução é lenta, muitas vezes sem sintomas, o que reforça a importância de diagnosticar e tratar precocemente os pacientes em risco.
Os principais fatores de risco para a DRC incluem hipertensão não controlada, glicemia não controlada, dislipidemia, estágios avançados da doença, presença de albuminúria, tabagismo e uso de agentes nefrotóxicos. Os grupos de risco incluem pacientes com histórico de doença cardiovascular, diabéticos, hipertensos, idosos, obesos, usuários de agentes nefrotóxicos e indivíduos com histórico familiar de DRC. É essencial monitorar esses fatores para melhorar a identificação e o manejo precoce da DRC.