#autismo tem cura? tem remédio? no #batepapodas6
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No dia 14/04/2021 o programa recebeu Dra Rosilene Schiavon que é psicóloga e pedagoga e tambem a Dra Tatiana Morelo Borgo que é Pediatra para falar sobre o espectro do transtorno do autista. Segue abaixo o video do bate papo.
O programa bate-papo das 6 vai ao ar de segunda a sexta feira na TV SIM filiada a TV RECORD ao vivo às 18 horas especificamente nas quartas feiras o tema é medicina, saúde e prevenção. Acompanhe no canal 16.1 da TV aberta, redesim FM 106.1, sky 316 e ao vivo no Canal do Youtube.
Terapia Ocupacional e Transtorno do Espectro do Autismo (TEA): Um Olhar Multidisciplinar
O Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) é uma condição complexa que requer uma abordagem multidisciplinar para tratamento e apoio. Um dos aspectos importantes do tratamento é a terapia ocupacional, que visa abordar as alterações de fala e linguagem, entre outros desafios enfrentados pelas pessoas com autismo.
Estímulo Precoce e Neuroplasticidade
O tratamento do autismo não tem cura, mas o que se vê é que, pela neuroplasticidade do cérebro, quanto mais cedo se inicia o estímulo, maiores são as chances de desenvolvimento positivo. A neuroplasticidade refere-se à capacidade do cérebro de se reorganizar e formar novas conexões neurais em resposta ao aprendizado e à experiência. Por isso, é crucial que as crianças com autismo recebam várias horas de estímulo por dia, conduzido de maneira correta e consistente, para maximizar suas capacidades de desenvolvimento.
A Importância do Apoio Psicológico
No âmbito psicológico, a primeira etapa do tratamento envolve avaliar a situação emocional da família e dos cuidadores. A estabilidade emocional dos pais e cuidadores é fundamental, pois eles são os principais responsáveis por ajudar a criança a regular suas próprias emoções. A psicoterapia é um recurso valioso nesse processo, proporcionando um espaço seguro para que a família possa lidar com o diagnóstico e desenvolver estratégias de apoio efetivo.
Processo de Diagnóstico e Estímulo
O diagnóstico do autismo pode ser um processo demorado, dependendo de como e onde a família começa a busca por respostas. Profissionais como psicoterapeutas, psicólogos, neuropediatras e pediatras desempenham papéis cruciais na identificação e confirmação do TEA. Durante esse período, é vital iniciar o estímulo precoce, independentemente do diagnóstico definitivo, para garantir que a criança receba o suporte necessário para seu desenvolvimento.
Impacto Emocional e Luto dos Pais
Receber um diagnóstico de autismo pode ser emocionalmente devastador para os pais. Eles passam por um processo de luto, não pela perda física de um filho, mas pela perda das expectativas e sonhos que tinham para ele. Este luto envolve sentimentos de negação, raiva, tristeza e, eventualmente, aceitação. Durante esse período, os pais precisam reconstruir suas expectativas e aprender a aceitar e compreender a condição do filho.
Adaptação e Inclusão Escolar
A inclusão de crianças com autismo no ambiente escolar é garantida por lei. No entanto, a adaptação necessária varia de acordo com o grau de autismo da criança. As escolas devem estar preparadas para oferecer metodologias diferenciadas, acompanhamento individualizado e recursos específicos para atender às necessidades desses alunos. Isso inclui a presença de mediadores escolares e a adaptação do material didático.
Tratamento Multidisciplinar e Comorbidades
O tratamento do autismo é altamente individualizado e pode envolver diversos profissionais, como terapeutas ocupacionais, psicólogos e fonoaudiólogos. Além disso, é comum que o autismo venha acompanhado de comorbidades, como Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), ansiedade e problemas gastrointestinais. O tratamento dessas comorbidades é essencial para o bem-estar geral da criança.
Desafios e Estresse Familiar
Cuidar de uma criança com autismo pode ser extremamente desgastante e estressante para a família. Estudos mostram que o nível de estresse dos pais de crianças autistas é comparável ao de soldados em combate. Isso se deve à necessidade constante de monitoramento, estímulo e suporte, além das dificuldades financeiras e emocionais que muitas vezes acompanham o tratamento.
Vida Adulta e Autismo
A vida adulta para pessoas com autismo varia amplamente dependendo do grau de comprometimento. Enquanto alguns podem levar uma vida relativamente normal, frequentando universidades e trabalhando, outros podem necessitar de suporte contínuo para lidar com desafios sensoriais e de socialização. O diagnóstico precoce e o estímulo adequado são fundamentais para melhorar a qualidade de vida dessas pessoas ao longo do tempo.
Conclusão
O Transtorno do Espectro do Autismo é uma condição que exige uma abordagem abrangente e personalizada. Desde o diagnóstico precoce e o estímulo contínuo até o apoio psicológico e a inclusão escolar, cada aspecto do tratamento contribui para o desenvolvimento e bem-estar da criança. A aceitação e compreensão por parte da família e da sociedade são cruciais para que as pessoas com autismo possam viver de forma plena e integrada.
Por fim, é essencial que continuemos a educar e conscientizar a sociedade sobre o autismo, promovendo a empatia e o apoio necessários para que todas as pessoas, independentemente de suas condições, possam alcançar seu potencial máximo.
Tag:autismo