Aula 7 – Núcleos da Base
Os núcleos da base fornecem o controle subconsciente do tônus da musculatura esquelética e da coordenação dos movimentos aprendidos. Uma vez que um movimento voluntário é iniciado corticalmente, o ritmo e o padrão natural que nós adotamos para conseguir andar ou alcançar um objeto são controlados subconscientemente pelos núcleos da base. Além disso, eles inibem os movimentos desnecessários. As interconexões dos núcleos da base são complexas, envolvem tanto vias excitatórias
quanto inibitórias e utilizam múltiplos transmissores (dopamina, glutamato, GABA, ACh e 5HT; resumidos no diagrama a seguir).
Os núcleos da base incluem:
- Núcleo caudado: descritivamente, ele possui uma grande cabeça e uma delgada cauda, que arqueia sobre o diencéfalo
- Putame: o putame e o globo pálido juntos formam o núcleo lentiforme
- Globo pálido: o putame e o globo pálido juntos formam o núcleo lentiforme
Ponto Clínico:
Distúrbios que afetam os núcleos da base envolvem não só defeitos que resultam em muitos movimentos excessivos como em perda de movimentos. A doença de Huntington tem como consequência uma perda
hereditária dos núcleos da base e dos neurônios corticais, que leva a um estado hiperativo de movimentos involuntários. Os movimentos irregulares dessa doença quase se assemelham a uma dança fora de controle, e o termo coreia (“dança”) caracteriza de forma apropriada essa condição fatal.Nos estágios finais, a deterioração mental é comum.
Uma doença contrária à coreia de Huntington é a doença de Parkinson. Resultante da degeneração dos neurônios secretores de dopamina da substância negra, essa doença progressiva resulta em bradiquinesia
(movimentos lentos), tremor muscular rítmico de repouso, rigidez muscular, postura recurvada, face mascarada ou sem expressão e andar arrastando os pés.