Aula 4 Sinapses
A principal forma de comunicação no sistema nervoso é através das sinapses, locais descontínuos em que o axônio ou suas ramificações extensivas de axônios terminais, às vezes alcançando o número de mil, encontram-se com outro neurônio ou célula-alvo. Tipicamente, um neurônio recebe numerosos contatos sinápticos nas suas arborizações de dendritos e nas espículas dendríticas ou no corpo celular. À medida que o axônio se aproxima do seu local-alvo, ele perde a sua bainha de mielina; frequentemente sofre ramificações extensivas e, então, termina no alvo como botões sinápticos. A comunicação é por meio de transmissão eletroquímica, disparando a liberação de neurotransmissor(es) na fenda sináptica. O(s) transmissor(es) se liga(m) aos receptores na membrana pós-sináptica e inicia(m) uma graduada resposta excitatória, ou inibitória, ou efeito imunomodulador, na célula-alvo.
As características da sinapse típica
- Vesículas sinápticas: contêm neurotransmissor e/ou substância neuromoduladora
- Exocitose das vesículas: fusão da membrana da vesícula sináptica com a membrana pré-sináptica, desta forma liberando o transmissor
- Membrana pós-sináptica: local espessado em que os receptores da membrana pós-sináptica se ligam ao neurotransmissor e iniciam uma resposta apropriada
Uma variedade de tipos de sinapses morfológicas pode ser identificada:
- Axodendrítica ou axossomática simples (sinapses mais comuns)
- Espícula dendrítica
- Crista dendrítica
- Sinapse simples junto com uma sinapse axoaxônica
- Axoaxônica e axodendrítica combinadas
- Varicosidades (botões em passagem)
- Dendrodendrítica
- Recíproca
- Em série
As sinapses são estruturas dinâmicas e exibem significante “plasticidade”. Novas sinapses são formadas continuamente em muitas regiões, e algumas são “podadas” ou eliminadas por qualquer uma de uma variedade de razões, incluindo falta de uso, atrofia ou perda das células-alvo, ou processos degenerativos por causa do envelhecimento normal ou patologia.