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Aula 23 – Plexo Braquial

O plexo braquial é formado pelos ramos primários anteriores dos nervos espinais C5-T1. Esse plexo consiste nos componentes:

 

  • Raízes: cinco ramos primários anteriores de C5-T1 formam as “raízes” do plexo
  • Troncos: as cinco raízes organizadas em três troncos, denominados superior, médio e inferior, todos situados abaixo da clavícula e acima da 1a costela
  • Divisões: cada tronco se divide em anterior e posterior, formando seis divisões
  • Fascículos: todas as divisões posteriores se combinam para formar o fascículo posterior; os fascículos lateral e medial são formados pela combinação das divisões anteriores
  • Ramos terminais: o plexo dá origem a cinco grandes ramos terminais que inervam os músculos do ombro, braço, antebraço e mão.

 

Os três fascículos do plexo são nomeados pela sua relação com a artéria axilar, porque eles envolvem essa artéria na axila e sua(s) veia(s) acompanhante(s), com todo o feixe neurovascular sendo envolvido por uma bainha fascial denominada bainha axilar. Vários outros pequenos nervos também têm origem a partir dos componentes do plexo braquial para inervar alguns músculos do dorso e da parede torácica lateral e anterior. A tabela seguinte resume alguns dos mais importantes nervos do plexo braquial e os músculos inervados por eles.

 

As cinco raízes, os três troncos, as seis divisões, os três fascículos e os cinco ramos terminais do plexo braquial
Cinco ramos terminais do fascículo à medida que eles passam para dentro do membro superior. 1. Axilar 2. Musculocutâneo 3. Mediano 4. Radial 5. Ulnar

 

– Várias lesões nos membros superiores podem resultar em dano de um ou mais ramos terminais do plexo braquial.

  • Nervo musculocutâneo: como esse nervo segue por dentro do braço, sendo protegido pelos músculos sobrejacentes, ele não é frequentemente lesado.
  • Nervo axilar: o dano resulta na diminuição da habilidade de abdução do membro no ombro. Uma lesão de deslocamento de ombro pode esticar esse nervo e danificar os seus axônios.
  • Nervo radial: como ele inerva todos os extensores, uma lesão proximal pode resultar em uma diminuição da habilidade de estender o cotovelo, o carpo e os dedos. Uma lesão um pouco mais baixa pode resultar somente em “punho caído” (incapacidade de estender o carpo e os dedos).
  • Nervo mediano: o dano resulta em diminuição no flexionamento do carpo e flexão diminuída do polegar, indicador e dedo médio quando for necessário fazer um punho cerrado. A compressão do nervo no punho (síndrome do túnel do carpo) não afetaria os movimentos do punho, mas diminuiria a função dos músculos da palma da mão.
  • Nervo ulnar: o dano resulta em diminuição no flexionamento do carpo, dedos mínimo e anular, e com as articulações metacarpofalângicas hiperestendidas desses mesmos dedos, resulta em uma “mão em garra”, indicativa de uma lesão no nervo ulnar. A atrofia da eminência hipotenar também pode ocorrer. O nervo ulnar é, com mais frequência, o nervo lesado do membro superior.

-Médico Especialista em Clínica Médica e Cardiologia com Mestrado em Ciências da Saúde - Medicina & Biomedicina
- Professor Universitário - Cadeira de Ciências Morfofuncionais aplicadas à Clínica na Universidade Anhanguera e UVV. - Diretor da Sociedade Brasileira de Cardiologia capitulo Espirito Santo 20/21. Membro da Equipe de Cardiologia do Hospital Rio Doce, Hospital Unimed Norte Capixaba e Hospital Linhares Medical center. CRM-ES 11491 RQE 10191 - RQE 13520

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