Os batimentos cardíacos geralmente variam entre 50 a 100 por minuto, sendo a harmonia do coração dependente de um estímulo elétrico organizado. No entanto, falhas na origem desse estímulo podem resultar em arritmias, que se manifestam como taquicardias (frequência cardíaca alta), bradicardias (frequência cardíaca baixa) ou irregularidade nas batidas. Diversos fatores, como uso de medicamentos, disfunção da tireoide, anemia, estresse e atividade física, podem modificar o ritmo cardíaco.
Este artigo visa fornecer uma compreensão abrangente sobre as arritmias, desde suas causas até os avanços tecnológicos nos métodos de diagnóstico e tratamento, mantendo você informado e atualizado sobre o que há de mais recente nesse campo vital da saúde cardiovascular.
Tipos de Arritmias
As arritmias podem surgir nos átrios ou ventrículos, manifestando-se como taquicardias ou bradicardias. Entre as arritmias supraventriculares, destacam-se as extra-sístoles atriais, taquicardia atrial, flutter e fibrilação atrial, sendo esta última comum na terceira idade. Nos ventrículos, a extra-sístole é prevalente, podendo evoluir para taquicardia ventricular e, em casos extremos, desencadear fibrilação ventricular, uma das principais causas de parada cardíaca.
Sintomas e Complicações
Os sintomas das arritmias variam desde palpitações e tonturas até situações mais graves, como formação de coágulos no coração, que podem levar a um acidente vascular cerebral (AVC) ou morte cardíaca súbita. Identificar e tratar precocemente as arritmias é crucial para evitar complicações.
Diagnóstico Avançado
O diagnóstico envolve avaliação clínica e exames complementares, como teste ergométrico, eletrocardiograma, Holter e Web-Loop. Em casos mais complexos, o estudo eletrofisiológico oferece um mapeamento preciso das origens das arritmias, auxiliando na escolha do tratamento adequado.
Tratamento Personalizado
O tratamento das arritmias varia de acordo com o tipo e a gravidade, podendo envolver medicamentos, mudanças no estilo de vida e procedimentos como a ablação por cateter. Em situações mais críticas, marcapassos, desfibriladores automáticos e cirurgias minimamente invasivas são opções modernas e eficazes para o controle das arritmias.
Prevenção Ativa
Além de exercícios físicos regulares e alimentação balanceada, a prevenção ativa inclui consultas médicas periódicas e controle de fatores de risco como diabetes, obesidade, hipertensão e tabagismo. Manter um estilo de vida saudável é essencial para prevenir o desenvolvimento de arritmias e outras doenças cardiovasculares.
A compreensão das arritmias é essencial para preservar a saúde cardíaca. Com métodos avançados de diagnóstico e tratamento, é possível controlar essas condições com eficácia, proporcionando uma vida plena e ativa. Mantenha-se informado, cuide do seu coração e consulte regularmente um profissional de saúde para garantir um coração saudável e constante.
Referências
- Dra. Fátima Cintra, cardiologista e coordenadora do Centro de Arritmia do Einstein
- Hospital Israelita Albert Einstein. Tudo sobre arritmias. Disponível em: Einstein – Arritmias
